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Saúde

Autoridade em Neuroanatomia Animal diz que exploração de animais é “indigna” e “mesquinha”

Leishmaniose tem tratamento

 



Irvên ia observou que as sociedades se formaram sobre um modelo completamente antropocêntrico, objetivando apenas o bem-estar do ser humano pautado na exploração de animais para benefício próprio.

“Por esta visão, os animais são considerados coisas. Desde a época de Descartes, o grande filósofo do século XVII, tem-se essa ideia de que os animais são máquinas automatizadas, sem sensibilidade. Então, considerar que eles são coisas serviu muito bem ao modelo antropocêntrico porque, assim, o homem usa os animais sem culpa nenhuma, utilizando e descartando, como é feito até hoje”, disse a professora.



Por outro lado, Irvênia Prada destacou o crescente número de pessoas que não aceitam mais este modelo, considerado-o “indigno” e “mesquinho”: “Por que visar só ao nosso bem-estar e não dos animais que sofrem igualmente? Precisamos também cuidar das plantas, da qualidade da água, do ar, enfim, de todo o planeta.

Precisamos abrir nossos horizontes e cuidar de tudo e de todos. Temos que aceitar essas mudanças e prestar atenção ao sofrimento dos animais, que têm direito à vida. Eles não são descartáveis”.



Irvênia é professora catedrática da Universidade de São Paulo (USP) e assessora técnica do Fórum de Proteção e Defesa Animal de São Paulo, instituição que congrega mais de 100 entidades protetoras de animais. Nesta função, ela dá pareceres para verificar se há ou não maus tratos. Já avaliou casos de rodeios, vaquejadas, entre outras situações de entretenimento às pessoas, mas de muito sofrimento para os animais, conseguindo intervenção do Ministério Público e proibição de práticas abusivas. “Tem muita gente preocupada com o sofrimento animal e devemos contaminar o mundo com este pensamento. É difícil, mas só através da informação faremos com que as pessoas olhem para os animais com nova postura”, defendeu.


Fonte:SEDA-Prefeitura de Porto Alegre

Durante o 20º Encontro de Estudos Espíritas, realizado em Fortaleza (CE), Irvênia Prada, autoridade mundial na comunidade científica sobre Neuroanatomia Animal, chamou a atenção do público ao falar sobre “Educação dos sentimentos”: “Temos que rever nossas atitudes em relação aos animais”.



Segundo ela, estudos vêm mostrando com evidências bastante aceitáveis que os animais têm uma estrutura cerebral compatível com a exteriorização da consciência, com capacidade para resolver problemas, associação de ideias e memórias. “O estudo do cérebro, que é muito bem organizado nos mamíferos e também nas aves, nos dá indícios de que os animais são seres sencientes e têm todas as características compatíveis com o que a gente chama de funções cognitivas”.

 

A leishmaniose é uma doença infecciosa que ataca cães e pode acometer o homem, mas não é contagiosa. No entanto, pode ser transmitida pela picada do mosquito em animal contaminado. Raramente afeta gatos. É transmitida por um mosquito conhecido vulgarmente como mosquito – palha e birigui. Provoca emagrecimento no animal, lesões no fígado e no baço e feridas na pele.

Muitos especialistas consideram difícil o tratamento da leishmaniose e sugerem a eutanásia. A interpretação é que a doença não tem cura e o tratamento deve ser feito por toda a vida do animal. Mas, o professor André Luis Soares da Fonseca da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul apresentou vários casos tratamento com resultados efetivos com a utilização de drogas baratas que existem no mercado.

O tratamento com : Alopurinol, Cetoconazol, Levamizol, Vitamina A, Zinco, Aspartato de L-arginina e Prednisona apresentou bons resultados.

A Organização Mundial da Saúde - diz o professor-não recomenda a eutanásia de cães e gatos em virtude da leishmaniose( existem vacinas no mercado que ainda têm efeito polêmico). Lembra, ainda, o professor que a Constituição Federal assegura ao proprietário do animal o direito de sacrificá-lo ou não e ninguém, nem o Poder Público, pode determinar a eutanásia sem o seu consentimento.

Dessa forma, ele recomenda o desenvolvimento de vacinas, o uso de coleiras e inseticidas apropriados nos cães, limpeza dos locais, e considera que a eutanásia de modo algum deve ser utilizada como método de controle da doença.

Esta visão do professor é bem equilibrada e protetora dos animais.

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