top of page

Boas Práticas

Rodrigo Vidal assume Secretaria Exzecutiva dos Direitos dos Animais em Recife



Elogios ao SEDA de Porto Alegre



Para o novo secretário, do SEDA DO RECIFE, Rodrigo Vidal,  a SEDA porto-alegrense é uma excelente referência de organização e implementação de projetos em nível de políticas públicas em defesa dos animais. Dois projetos com bons resultado servirão de exemplo para Recife: as unidades móveis e o trabalho de combate aos maus tratos



Rodrigo Vidal é professor universitário, escritor, advogado, psicólogo, servidor público concursado do Banco Central e presidente do grupo de defesa dos animais Crueldade Nunca Mais Pernambuco.



Entrevista concedida ao portal SEDA de Porto Alegre

SEDA - Qual a realidade dos animais de rua em Recife? Existe alguma estimativa?

Rodrigo Vidal – Atualmente, a realidade dos animais de rua do Recife ainda é muito sofrida e dura, pois a estimativa oficial é que existem mais de 40 mil cães e 60 mil gatos abandonados, além de, aproximadamente, 4 mil cavalos sendo expostos a um trabalho pesado nas carroças.

Estes animais estão sujeitos a todo tipo de sofrimento, posto que muitos deles são atropelados sem receber socorro, adoecem pelas ruas sem contar com atendimento clínico veterinário, sofrem maus tratos e se multiplicam sem que haja controle reprodutivo. Até o feliz momento de criação de nossa Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais (SEDA), pelo prefeito Geraldo Júlio, não havia políticas públicas efetivas voltadas à causa animal. Somos a esperança que se apresenta para servir e educar a sociedade em relação aos Direitos Animais, contribuindo para um salto civilizatório mundial.

SEDA – O senhor sempre foi ligado à causa animal?

Rodrigo – Sim. Este cuidado e amor aos animais foi cultivado em meu coração desde criança, através do exemplo e da educação que recebi de minha mãe. Sempre cultivando esta semente, há mais de 10 anos, ainda em Minas Gerais, me dediquei de forma mais concentrada como protetor individual, fazendo resgates, colaborando com outros defensores e prestando assistência para animais abandonados. Do mesmo modo, por ser professor, advogado e psicólogo, um radical entusiasta da educação, me dediquei na divulgação da causa e na conscientização da população sobre os Direitos dos Animais através de programas de rádio e palestras com cunho educativo. E, desde que cheguei ao Recife, há dois anos, que me vinculei ao grupo nacional Crueldade Nunca Mais e fui autorizado a criar uma vertente do mesmo em Pernambuco.

Através deste grupo criado e liderado por mim “Crueldade Nunca Mais Pernambuco” (CNM-PE), que, atualmente, conta com 800 associados, organizei manifestações em defesa dos animais, como a maior passeata da história de PE, em 22 de janeiro de 2012; coletas de assinatura para aumentar a pena de quem comete crimes contra animais; eventos de adoção; palestras; entre outros. Em função disso, alguns defensores me pediram que eu me candidatasse a vereador. Aceitei o desafio e fui o primeiro eleito pela causa animal na história do Nordeste, pelo PDT. Também, devido a nossa eleição e de colaboração na elaboração do Programa de Governo do atual prefeito, levando propostas para a defesa animal, entre elas a criação de uma Secretaria em Defesa dos Animais, que surgiu essa benção, honra e marco histórico de sermos convidados para assumir a Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais.

Plantamos esta semente durante a eleição no programa de governo, vencemos com essa bandeira e somos, juntamente com o prefeito Geraldo Júlio, os responsáveis por esse marco institucional: a criação da SEDA, o que atende a um clamor histórico, civilizatório e social.

SEDA – Antes da SEDA/ Recife, que tipo de trabalho o senhor desenvolvia com animais em condições de vulnerabilidade?

Rodrigo – Desenvolvi trabalhos de resgate e assistência médico-veterinária, tanto como protetor individual em Minas Gerais, como através do grupo CNM-PE, reunindo e articulando uma equipe de 800 pessoas que também prestavam assistência e resgates. Desenvolvi também um trabalho educativo orientando a respeito de temas como: guarda responsável, crime de maus tratos, experimentação animal, entre outros, através de palestras, participação em programas de rádio e televisão. Fiz ainda uma parceria com a Polícia Civil, instruindo o corpo policial a respeito dos crimes contra animais e realizando a conscientização dos carroceiros; promovi manifestações contra a crueldade com animais, que reuniu mais de mil pessoas; e movimentos para coleta de assinaturas em prol do aumento de pena para quem comete crimes contra animais.



SEDA – Quais ações o senhor pretende realizar frente à SEDA?



Rodrigo – A SEDA, junto ao prefeito Geraldo Júlio, pretendo realizar políticas públicas efetivas visando à saúde, à defesa, à proteção e ao bem-estar animal, tais como:



Esterilização em massa tendo em vista um controle reprodutivo;

Microchipagem;

Criação de um hospital público veterinário;

Projeto de apadrinhamento para que pessoas físicas e jurídicas que não possam adotar sejam padrinhos, dando assistência a um ou mais animais;

Parceria com órgãos públicos para trabalho integrado;

Extinção do uso de transportes de tração animal;

Acompanhamento e fiscalização de denúncias de maus tratos;

Eventos de adoção;

Trabalhos educativos, culturais e artísticos de orientação sobre educação ambiental, direitos dos animais e defesa animal;

Fiscalização de biotérios (local onde são criados e mantidos com a finalidade de serem usados como cobaias em experimentação animal), entre outros.

SEDA – O senhor tem consciência dos desafios que enfrentará? Qual o maior problema em Recife?

Rodrigo – Os desafios são imensos, afinal, não é fácil iniciar uma secretaria do zero, onde não havia nenhuma política pública para animais, e, principalmente, considerando a realidade destes milhares abandonados nas ruas, no grande Recife.

Hoje são dois os maiores problemas: a grande circulação de animais de tração animal e o alto quantitativo de animais abandonados nas ruas.

SEDA – Quanto a Prefeitura de Recife pretende disponibilizar de verba à SEDA e quais atendimentos serão prestados num primeiro momento?

Rodrigo –  Estamos estudando e debatendo formas de viabilizar o melhor orçamento possível para a SEDA. No primeiro momento, a intenção é promover o projeto de esterilização dos animais de rua, eventos educativos e de adoção. Neste cenário, pretendemos iniciar o quanto antes a construção de nosso Hospital Veterinário Público.

SEDA – O senhor conhece o trabalho da SEDA/ Porto Alegre? Que exemplos daqui pretende adotar em sua cidade?

Rodrigo – Sim, conheço e admiro muito o trabalho realizado pela SED/ Porto Alegre, através da divulgação das ações no site institucional, assim como em outros sites e veículos de comunicação.

A SEDA de Porto Alegre é uma excelente referência de organização e implementação de projetos em nível de políticas públicas em defesa dos animais. Dois projetos que tiveram um bom resultado e que serão exemplos para nossa cidade são as unidades de castração móveis e o trabalho de combate aos maus tratados, indo averiguar os processo encaminhados pelo Ministério Público.

SEDA – O senhor pretende vir a Porto Alegre conhecer o trabalho da SEDA?

Rodrigo – Pretendo ir, afinal, é sempre muito construtivo estabelecer uma troca de experiência e aprender com os bons exemplos. Em verdade, meu ideal de vida é que em cada município do Brasil seja criada uma SEDA! Somos irmãos de um mesmo sentimento, pensamento e trabalho pelos indefesos animais!

Em Recife,Secretaria de Defesa dos Direitos dos Animais

Em Recife, existe há algum tempo a Secretaria voltada à proteção e defesa dos animais, exemplo que deveria ser seguido por outros municípios do país.

 

A Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais, surgiu da necessidade e do anseio social de criação de uma política pública voltada ao bem estar animal, sendo a primeira nesse âmbito de atuação no Norte e Nordeste, e a terceira do país. A Seda tem três pilares de atuação: castração de cães e gatos para controle reprodutivo; fiscalização de maus tratos; adoção; e educação, seja com orientações voltadas para o bom criador de forma geral ou campanha educativa permanente nas escolas municipais para que as crianças sejam agentes multiplicadores no que diz respeito aos cuidados, vacinação em dia e deveres do criador e direitos do animal.

 

Endereço

 

5º andar - Prefeitura do Recife

Av. Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife, REcife/PE

CEP: 50030-903

 

Contato

 

Fone: (81) 3355.9413

Denúncias: (81) 3355.8371

Para agendar castração: (81) 3355.8639

E-mail: adocaoseda999@gmail.com

Horário de funcionamento: 8h às 17h

Escola Anísio Teixeira-Porto Alegre) apresenta Teatro de Fantoches Dos Abandonados



A primeira-dama Regina Becker participou na quarta-feira (5), na EMEI Dom Luiz de Nadal, da apresentação do Teatro de Fantoches “Dos Abandonados”. A iniciativa de professores e alunos da EMEF Professor Anísio Teixeira integra o projeto Entrelaçamentos Culturais, da Secretaria Municipal da Educação (SMED), cujo objetivo é articular ações das escolas entre si com as comunidades, por meio de atividades pedagógicas e culturais.



Na peça, os alunos substituem o famoso “Atirei o pau no gato...” por outra música de respeito aos animais. “Os educadores vêm abolindo do universo infantil uma prática quase cotidiana do passado, onde as crianças eram ‘autorizadas’ a maltratar os animais. Em resposta a este método pedagógico, os alunos têm levado para casa lições sobre amor ao próximo , respeito à vida e Direitos Animais”, disse Regina.



De acordo com a educadora Cynthia Bairros Tarragô, a maior preocupação dos educadores é com a mudança de paradigmas, em focar o trabalho nos pequenos, “pois não é responsabilidade da SEDA ou qualquer outra instituição abrigar animais abandonados nas ruas. Deve-se, sim, focar na guarda responsável”.



Cynthia diz ainda que na Anísio Teixeira as mudanças advindas deste trabalho são visíveis: “Não vemos mais crianças chutando cachorro. Pelo contrário, quando aparecem animais na escola, ligamos para SEDA e depois os colocamos para adoção. Ou seja, através da palavra podemos mudar o modo de nos relacionarmos com o mundo, e me emociono ver meus alunos sendo parte desta mudança”.

A música “Dos Abandonados”


Não maltrate os bichinho, nhos
Porque isso, so
Não se faz, faz, faz
Os bichinho, nhos
São amigo, gos
Não devemos
Não devemos
Maltratar os Animais

FONTE:SEDA-Prefeitura de Porto Alegre

Cão comunitário: uma alternativa de dignidade aos animais abandonados - Porto Alegre

 



Pessoas que se incomodam com animais de rua exigem recolhimento, sem pensar como será o futuro deles trancafiados em baias com água e ração, por um lado, sobrecarregando ONGs e protetores independentes, por outro lado, exigindo do poder público ações, muitas vezes,impossíveis de serem realizadas. No entanto, há outras saídas para manter os animais vivos, livres e com seus direitos respeitados.




Em 2009, o Poder Executivo Estadual do Rio Grande do Sul sancionou a Lei Nº 13.193 proibindo a eutanásia como fins de controle de natalidade e definindo diretrizes a serem seguidas por programas de controle populacional de cães e gatos em situação de rua, e,  medidas que visam a proteção destes animais, mesmo que não possuam lares ou donos definidos. O Art. 4º surge como um alento àqueles que amam os animais, mas não podem se responsabilizar por eles, bem como uma alternativa. “O animal reconhecido como comunitário será esterilizado, identificado, registrado e devolvido à comunidade de origem, salvo nas situações já previstas na presente Lei. Para efeitos desta Lei, considera-se animal comunitário aquele que estabelece com a comunidade em que vive laços de dependência e de manutenção, ainda que não possua responsável único e definido.



Na prática, o cão ganha lar em espaço comum de uma rua e é cuidado, alimentado e acarinhado pela vizinhança. Ao poder público cabe a vermifugação, vacinação, esterilização e microchipagem com todos os dados do animal e da pessoa ou rua a que pertence. “Trata-se de uma alternativa que não joga no colo de outros a irresponsabilidade humana. O cão reencontra nesta convivência comunitária o apoio e a compreensão às suas necessidades. Ele não é de um, ele é de todos e retribuiu a atenção que recebe com proteção e carinho na mesma intensidade para cada um de seus ‘donos’”, diz a primeira-dama Regina Becker.




Animais mais alegres e menos ansiosos


De acordo Priscila Felberg, adestradora e consultora comportamental da empresa Cão Cidadão, as diferenças entre cão com dono e de rua são evidentes. “O cão de pessoas de uma casa normal geralmente tem mais distúrbios do que um morador de rua, uma vez que se exercita pouco, anda menos e é menos sociável. O cachorro de rua é obrigado a enfrentar tudo isso no dia a dia. Convive com barulho, a violência e até precisa defender seu dono”, explica.

Para a especialista, esses animais são mais alegres porque têm mais atividades físicas e até lúdicas. “Por isso, dificilmente cachorro de rua é ansioso, como acontece com os que são criados em apartamento”, completa. No entanto, o amor de um cão pelo seu dono independe do espaço físico em que vive e da condição social: “O cachorro não faz distinção pelo ambiente em que vive: mansão, quitinete ou rua. Ele cria um amor incondicional e um vínculo muito forte com seu dono. O que importa é o grupo e o companheirismo”.




Parque Santa Fé faz a sua parte


A protetora Sandra Alves viu seu desejo de dar dignidade aos animais quando se mudou para o Parque Santa Fé, em 2010. Ela lembra que em frente a sua casa vivia uma matilha com mais de dez animais que, aos poucos, foram sendo castrados e doados, menos o Pateta. “Quase todas as SRDs do Santo Fé já foram esterilizadas. O Pateta constantemente visita a todas. É nosso ‘Don Juan’, conta.

Com o tempo, Sandra conheceu uma vizinha protetora, Cris Severo, uma das cuidadoras do Petrólis, um cão comunitário há mais de 10 anos. Depois foi a vez de outro vizinho aparecer com uma SRD magrinha, sem nenhum pelo e com bicheira na cabeça. Os protetores do Parque Santa Fé se uniram e a encaminharam ao veterinário, onde foi diagnosticada com sarna demodécica. Curada, Tininha se tornou também um cão comunitário e foi fazer companhia a Petrólis. “É inacreditável, quando Tininha chegou, Petrólis cedeu sua casinha a ela e foi dormir na rua, como que a protegendo. Hoje, Tininha também é companheira inseparável do Pateta”, diz Sandra.



Cris Severo cedeu sua garagem aos cães e a comunidade comprou bacias para eles dormirem. Sandra é responsável pela ração, enquanto Cris e Vera Silva se encarregam das comidinhas misturadas à ração. “Sempre que levo ração ou cuido deles quando a Cris viaja, sou quase derrubada de tanta alegria ao me avistarem. O Pateta pula na altura do meu rosto para me ‘beijar’; a Tininha, com toda a sua humildade, fica dando pulinhos e correndo em volta; e Petrólis dá um latido de ‘lobinho rouco’, destaca Sandra Alves.



FONTE: SEDA-Prefeitura de Porto Alegre

É comum adquirir um cão por impulso, e, com este mesmo start, depois, abandoná-lo à própria sorte. O que é mais grave, enquanto o animal tinha um lar, a preocupação de muitos é com a estética: banho, laços, fitas, lenços e coleções de roupa pet. Vacinas em dia e esterilização Passavam longe.


Nas ruas, seu novo lar, sofrem com a saudade da família humana, do aconchego, do canto para dormir e vão "se virando" para sobreviver com todos os riscos: maus tratos, dias no sol e na chuva, fraqueza, desidratação, fome e procriação.

bottom of page